O isolamento social mundial, ocasionado pela pandemia do coronavírus, fez com que as pessoas passassem a trabalhar constantemente em casa. O home office nem sempre possui condições ambientais favoráveis ao corpo humano e principalmente os aspectos clínicos ligados a postura. Além disso, as normas reguladoras são menos ou quase nunca fiscalizadas. Logo, a presença de LERs e DORTs são comuns em funcionários que estão submetidos ao trabalho em casa.
As lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteo musculares relacionadas ao trabalho (DORT) são um conjunto de doenças que afetam músculos, tendões, nervos e vasos dos membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, braços, ombro, pescoço e coluna vertebral) e inferiores (joelho e tornozelo, principalmente) e que têm relação direta com as exigências das tarefas, ambientes físicos e com a organização do trabalho.
Diante disso, diversos pacientes passaram a apresentar novas disfunções musculoesqueléticas ou agravamento das lesões em tratamento pré existentes. Ocasionando maior procura do fisioterapeuta nos cuidados preventivos e de recuperação destes casos.
A avaliação fisioterapêutica é essencial para o conhecimento prévio do paciente, afim de determinar quais objetivos de tratamento serão traçados. Dentre as avaliações temos a AVALIAÇÃO POSTURAL.
Pensando na avaliação postural, sugerimos aos Fisioterapeutas darem atenção aos seguintes pontos da avaliação postural em período de ou pós-quarentena:
- Avalie os movimentos repetitivos durante a atividade laboral (de trabalho);
- Avalie o perfil e aspectos da dor, sua intensidade e duração durante o trabalho;
- Avalie os movimentos compensatórios realizados para manter-se na função laboral;
- Avalie as posturas realizadas durante a função;
Uma forma para entender a rotina de trabalho do seu paciente é acompanhando a sua função laboral em casa.
LER/DORT: multifatorialidade etiológica e modelos explicativos*CHIAVEGATO FILHO, L. G.; PEREIRA JR., A. Work related osteomuscular diseases: multifactorial etiology and explanatory models, Interface – Comunic., Saúde, Educ., v.8, n.14, p.149-62, set.2003-fev.2004.